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Riscos e Oportunidades

4 de fevereiro de 2022

O avanço da nova variante da Covid-19, as pressões inflacionárias e as indicações do banco central dos Estados Unidos (FED) de que iniciará um novo ciclo de aperto monetário têm levado os investidores a aumentarem sua aversão ao risco, principalmente a partir do último trimestre de 2021, situação potencializada, no caso brasileiro, vis-a-vis as incertezas sobre o equilíbrio das contas públicas de longo prazo em um ano eleitoral. Tal quadro de incertezas tem sido traduzido em forte stress nas taxas de juros, com os investidores exigindo taxas maiores para se posicionar em títulos de renda fixa, sejam eles públicos e privados.

A FAPERS atenta ao comportamento dos mercados, vem atuando ativamente para aproveitar a liquidez para reposicionar a carteira de investimentos dos planos, aumentando a exposição em títulos indexados ao IPCA com taxas superiores ao mínimo atuarial dos planos. Neste sentido, a FAPERS adquiriu entre 29 de outubro de 2021 até 27 de janeiro R$ 31,77 milhões em NTN-B, títulos públicos federais indexados ao IPCA, que somados R$ 8,90 milhões de Letras Financeiras de bancos privados de primeira linha (Safra e Itaú), totalizam investimentos de R$ 40,67 milhões, sendo R$ 34,7 milhões somente em janeiro de 2022. As operações foram realizadas a taxas que variam entre 5,90% e 6,81%, representando uma taxa média ponderada de 6,24% ao ano, mais a variação do IPCA.

Tais investimentos foram alocados respeitando as políticas de investimentos, os estudos de ALM e as necessidades de liquidez de forma que os Planos tiveram a seguinte alocação:

  1. a) Prever: R$ 25,09 milhões (taxa média de 6,15% +IPCA);
  2. b) Misto: R$ 8,11 milhões (taxa média de 6,24%+IPCA);
  3. c) PGS: R$ 5,32 milhões (taxa média de 6,54% + IPCA);
  4. d) PGA: R$ 1,12 milhão (taxa média de 6,41%+IPCA);
  5. e) PBD-I: R$ 1,03 milhão (taxa média de 6,44% +IPCA).

Com estas alocações a gestão da FAPERS reduz volatilidade das carteiras, reduz o risco de crédito, agregando papéis de risco soberano (títulos federais) e de baixo risco de crédito (bancos de primeira linha, Itaú e Safra), reduz o risco de descasamento com as exigências atuariais, se protegendo com títulos indexados ao IPCA.  Além disso, reduz a exposição em ativos de risco em um ano em que as incertezas do cenário eleitoral podem provocar volatilidade na bolsa e no câmbio.